Para entendermos sobre o que eu acredito que seja sorte ou azar vou relatar uma pesquisa
feita pelo psicólogo inglês Richard Wiseman e publicada pela revista “Viver mente e cérebro” pertencente ao grupo de revistas da Scientific American, onde foi publicado um anuncio no jornal recrutando pessoas que se considerassem sortudas ou azaradas.
Ao
analisar todo o grupo de pessoas percebeu-se que apenas 10% das pessoas que se consideravam sortudas ou
azaradas apresentavam algum tipo diferencial em suas vidas, de coisas
boas ou ruins acontecendo. Portanto 90% das pessoas que se consideravam sortudas não apresentaram nada em especial que pudesse provar que a sorte influenciava em sua vida. O mesmo com as pessoas que se consideravam azaradas, também não foi encontrado um nível maior de eventos negativos que pudesse caracterizar infortúnios provocado pelo azar.
Será que podemos concluir que sorte ou azar é muito mais um estado de espírito do que eventos concretos?
Mas havia os 10% que tinham em suas vidas evidencias de sorte ou azar, ou
seja, coisas boas ou ruins acontecendo acima da média.
Os cientistas, ao analisarem estes grupos perceberam que os azarados tinham
visão em foco, ou seja, não tinham o habito de ver todos os aspectos em
cada questão, tinham dificuldade de visão ampliada, de olhar para tudo o
que os rodeia. São mais tensos, são concentrados e perdem o contexto
geral.
Para esta avaliação fizeram um experimento onde deram um jornal e pediram que contassem quantas fotos havia no jornal. O numero total estava impresso de forma evidente em uma as paginas.
O grupo dos sortudos tive sua tarefa aliviada pois
percebeu a resposta clara e portanto não havia a necessidade de
continuar se desgastando contando até o final. Mas
os azarados que na realidade eram pessoas mais tensas, mais
concentradas, sem habilidade em perceber o contexto geral, tiveram que
fazer as contas até o fim do jornal.
Parece que para ter "sorte" seria interessante desenvolver habilidades onde as oportunidades possam ser percebidas e ocasiões mais vantajosas sejam identificadas.
Talvez ajude seguir
a própria intuição, ser otimista, não desistir diante das dificuldades e
enfatizar sempre os aspectos positivos, inclusive quando acontece um
evento negativo.
Nesta
pesquisa, muitas pessoas se consideram sortudas mesmo que tivessem
fatos muitos dramáticos, doenças ou morte na família. Ou seja, me parece que sortudo seriam as pessoas
que conseguem superar as dificuldades.
Quando você não consegue superar as dificuldades sozinhos, um psicólogo pode ajudar.
Acreditar
em sorte e azar ajuda a reduzir nossa ansiedade causada pela incerteza. A
superstição pode ser um instrumento de enfrentamento das incertezas, o que nos daria uma falsa noção de controle da situação.
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
Informações e valores com psicoterapeuta Aqui
Escolha seu psicólogo Aqui
Agende sua consulta com psicólogo Aqui