Vitimização, quando o sofrimento aparenta ser bom - Com Vídeo

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Vitimização


Vítima x depressão

Algumas vezes o deprimido se sente como o causador das dores, e sendo assim, no papel inverso da vítima. 

Uma coisa é ser vítima ou coisa é se sentir vítima

É possível que uma pessoa seja vítima sem se sentir assim. Por exemplo: Pessoas acometidas por enchentes que ao perceberem que não há mais o que fazer para recuperar seus pertences, deixam para trás o pesar de sua perda e passam a ajudar aqueles que ainda podem retirar algo de suas casas. São vítimas reais, mas não se sentem vítimas.
Como também é possível que uma pessoa a quem tenham passado a sua frente na fila se sinta tão derrotado de forma que todo os eu dia, ou semana, se torne improdutiva devido ao estado de prostração ao qual ela se colocou.
Não sou eu a pessoa que dirá o que é justo abater uma pessoa ou não. Há algumas situações nas quais todos concordamos que não seria exagero caso uma pessoa se sinta abatida, como por exemplo a perda de um filho por doença ou acidente. Outras situações são mais subjetivas como por exemplo uma pessoa que tenha ficado feliz por ter sido demitido, pois percebeu que precisava mesmo de trocar de carreira, mas não estava com coragem de se desligar do emprego atual.
Acredito que a forma mais devastadora de vitimização nem seria aquele sentimento advindo de situações adversas, mas da insatisfação consigo mesmo, de ser quem é, de pertencer ao grupo étnico ou social ao qual pertence, de ter a orientação sexual que tem, de terem altura, tipo de cabelo, que tem.

Situações adversas podem ser contornadas em algumas vezes

Podemos usar o desafio, a dor para nosso crescimento. Mas não podemos mudar quem somos. Por mais que mudemos nossa aparência com técnicas cosméticas ainda temos nosso DNA.
Com situações as quais não dependem de nossa vontade ou esforço para superar, vejo algumas dinâmicas onde as pessoas:
- Se entregam e passam uma vida de sofrimento e negação. Como por exemplo gays que passam toda uma vida fingindo serem éteros para agradar a família.
- Sentem que existe uma vantagem na situação por conseguirem encontrar apoio no sentido de “coitado, como sofre”, e assim não tentam a superação desta dor, pois a dor está trazendo um benefício extra. Ex: pessoa com síndrome do pânico que recusou tratamento pois finalmente o pai estava presente levando-o para todos os lugares, fazendo companhia e se preocupando com ele.

O ser humano pode aprender a fazer este tipo de coisa muito cedo 

Toda criança que percebe boas doses de carinho e atenção apenas quando ficam doentes podem ter maior tendência a simularem doenças quando não as tem.
Ser alvo de dó pode ser humilhante para uns mas pode ser revigorante para outros. As vezes nem percebemos que fazemos isso mas quando nos damos conta estamos contando uma bel história triste de nossa vida e sentindo satisfação pela expressão do rosto do nosso ouvinte.
Tem o lado bom: receber carinho, atenção e massagem no ego.
Mas o lado negativo pode ser maior: Falta de foco na superação dos obstáculos, relacionamentos problemáticos, auto estima rebaixada, etc.

Identificando um possível papel de vítima

 Suas conversas e pensamentos estão permeados por desgraças, doenças, etc? Sentimento continuo de incapacidade e incompreensão?

Profecia auto realizadora

Onde o simples fato de acreditar que seremos vítimas da crueldade do outro nos coloca acaba por oferecer condições, de forma inconsciente, para que tal crueldade aconteça. Ex: Pessoa que se sente rejeitada porque todos a consideram chata. Eles me consideram chata e por isso não converso com esse povo metido”.
Fantasiar ser vítima do comportamento perverso do outro pode tirar a responsabilidade de buscar solução. Poe trazer alivio, mas não traz solução.

 


Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5

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