O ser humano pode ser muito detalhista em avaliar as
decisões alheias. Parece que sabe identificar exatamente no outro o que valeu a
pena, o que ficou bom, o que deveria ser feito, o que não deveria ser feito, o que
poderia ser feita a mais e o que exagerou.
Na verdade, esta conclusão deveria ser feita apenas pela
pessoa que optou, ou não, pela cirurgia plástica. Ela é quem sabe quais são
suas necessidades, desejos, sonhos e expectativas.
É possível que uma pessoa queira mudar algo que ninguém
perceberá, mas ela tem uma história de vida onde aquela mudança é importante.
A avaliação feita pela própria pessoa é o melhor caminho
para não ter arrependimentos. Caso perceba que não consegue decidir sozinha (o)
um profissional, psicólogo, psicoterapeuta ou psicanalista, pode ajudar para
que esta pessoa encontre a sua verdade interna.
Ser pressionado para
fazer cirurgia
Em algumas situações a opção acaba sendo por não fazer
cirurgia plástica, pois pode haver pressão para que se faça alguma alteração no
corpo quando a própria pessoa não sente esta necessidade ou não está pronta
para isso. Por exemplo um namorado ou marido que pretende ostentar um “troféu”,
ou quando a pessoa apresenta características tida como indesejáveis pelo grupo
onde está inserida por exemplo um tamanho ou formato de nariz.
São situações nas quais eu imagino que pode haver maior
probabilidade de arrependimento, ou de rejeição do próprio corpo após a
cirurgia, mesmo que o resultado seja aprovado por todas que rodeiam esta
pessoa.
Considerações sobre cirurgia plástica - Preparo emocional
Optar por uma cirurgia plástica implica em saber tanto como
seu corpo quer ficar, saber as consequências médicas, como tempo de
recuperação, sequelas como cicatrizes, possibilidade ou não de reverter, necessidades
de trocas futuras de próteses, etc. Ou seja fazer cirurgia plástica não
significa entrar feia às 10h no centro cirúrgico e sair das 10h30 linda e
radiante.
Tópicos a serem
avaliados antes de decidir por uma cirurgia plástica:
- Porque fazer?
1- deseja desfrutar da sua liberdade de mudar o próprio
corpo uma vez que já fazemos mudanças com maquiagens, exercícios, tatuagens?
2- considera que depois de uma cirurgia plástica conseguirá
namorado, emprego, aprovação social?
3- considera que precisa se sentir outra pessoa diferente da
que é hoje e se mudar sua aparência conseguirá uma nova personalidade?
- Quanto mudar?
1- um pequeno ajuste de gordura ou nariz, algo que talvez
ninguém perceba a mudança mas talvez perceba que o corpo esta mais harmonioso?
2- mudança radical de aparência?
- Estado emocional no momento da decisão
Quer superar uma angustia ganhando um rosto ou corpo novo?
É possível que não consiga isso, pois estados emocionais
costumam ser adquiridos internamente, independente da aparência.
- Quem define o que é bonito e desejável? Quais suas
referências?
1- as revistas?
2- amigos?
3- prefere confiar no médico?
- Quando fazer esta cirurgia?
Deve-se perceber que a decisão é consciente e baseada em
argumentos sólidos, e não em pressão social e nem moda do momento.
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
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