Prazeres que causam terríveis consequências
Nem tudo que é bom, será bom para sempre com qualquer
intensidade ou frequência de uso ou consumo. Já dizia minha avó “tudo que é
demais faz mal”.
Que coisas boas podem
fazer mal se for feito com abuso?
Tudo. Se comer é bom, o excesso de comida pode levar a sérios problemas de saúde, se pentear cabelo é bom o abuso pode levar a queda de cabelo, se ter uma casa limpa e organizada é bom o TOC pode levar a perda de tempo terrível e serio sofrimento emocional, se ler é bom fazer apenas isso na vida limitará todas as outras atividades, se tomar banho dá sensação de limpeza e refrescância 10 banhos por dia pode causar danos a pele.
Tudo. Se comer é bom, o excesso de comida pode levar a sérios problemas de saúde, se pentear cabelo é bom o abuso pode levar a queda de cabelo, se ter uma casa limpa e organizada é bom o TOC pode levar a perda de tempo terrível e serio sofrimento emocional, se ler é bom fazer apenas isso na vida limitará todas as outras atividades, se tomar banho dá sensação de limpeza e refrescância 10 banhos por dia pode causar danos a pele.
Qualquer coisa,
mesmo que inicialmente vista como exclusivamente boa, pode ser viciante caso a
pessoa tenha alguma fragilidade emocional que a leve a comportamentos
repetitivos. Questões psicológicas podem incrementar a necessidade de superação
por caminhos disfuncionais.
Exceto o amor, muito
amor sempre fará bem.
Mas vamos entender que o que muitos chamam de excesso de amor na verdade já seria outra coisa e teria o nome de “sufoco”, ou o que chamam de “amar demais” poderia ser melhor definido como insegurança, dependência emocional, etc.
Mas vamos entender que o que muitos chamam de excesso de amor na verdade já seria outra coisa e teria o nome de “sufoco”, ou o que chamam de “amar demais” poderia ser melhor definido como insegurança, dependência emocional, etc.
Acredito que uma boa
parte, senão todas, dos vícios iniciam como uma fonte de prazer.
Não acho que aquele que se viciou em álcool, por exemplo, já tinha em mente que estava iniciando algo que, para ele, se tornaria algo que prejudicaria seu emprego, o relacionamento com sua família, arruinaria seu casamento, suas finanças, etc.
Não acho que aquele que se viciou em álcool, por exemplo, já tinha em mente que estava iniciando algo que, para ele, se tornaria algo que prejudicaria seu emprego, o relacionamento com sua família, arruinaria seu casamento, suas finanças, etc.
Normalmente a pessoa inicia o consumo de drogas como um
momento de diversão com amigos. Algumas pessoas podem sim iniciar o consumo por
imaginar que seria uma forma de amenizar dores emocionais, mas creio que para
estas o caminho para o vício já fica mais definido, pois o vicio se define por
algo que a pessoa procura para obter prazer e com o tempo torna-se necessário
doses cada vez mais fortes para obter o mesmo efeito, e síndrome de abstinência
quando se retira o uso.
Observando esta
definição de vicio: procurar prazer e precisar de doses cada vez mais
fortes para obter o mesmo resultado, podemos perceber que se aplica a vários
outros comportamentos, como por exemplo comprar sapato.
Hoje a pessoa compra um sapato e sente feliz, com a sensação
de realização, agora ela pode se sentir mais bonita, com algo que combina com a
roupa x, com mais opção de sapato para ir a lugares específicos. No dia
seguinte ela, talvez sem perceber que tem uma dor interna a impulsionando a
busca de algum alivio, compra outro sapato, pois a sensação daquele dia foi
muito boa, e ela precisa de sensações boas. Mas com a repetição das comparas o
prazer se torna menor, talvez ela tenha ficado menos exigente com a qualidade
do sapato ou com o que ele vai combinar, sente culpa por estar comprando tanto
mas ainda assim se sente impelida a diminuir a dor interna e repete o que já
deu resultado uma vez pois as pessoas “só querem saber do que pode dar certo”,
e quando vai ver está repetindo, repetindo a compra de sapatos, sem precisar de
mais sapatos, sem ter onde vai usa-los e até sem saber quantos sapatos tem no
total.
O que eu falei acima pode ser usado trocando o termo
“comprar sapato” por muitas outras, como por exemplo: comer, beber, usar
drogas, fumar, jogar carta, bingo, jogos de computador, sexo, etc.
Porque uma pessoa
exagera no consumo?
Não dá para descartar a busca do prazer quando uma pessoa começa a jogar por exemplo. Também não dá para não notar dano causado na vida de uma pessoa que se viciou. A pessoa pode perder emprego, a saúde, dinheiro, amigos, etc.
Não dá para descartar a busca do prazer quando uma pessoa começa a jogar por exemplo. Também não dá para não notar dano causado na vida de uma pessoa que se viciou. A pessoa pode perder emprego, a saúde, dinheiro, amigos, etc.
Alguns costumam dizer que a curiosidade ou a influência dos
amigos pode levar uma pessoa ao vicio, mas eu credito que estes são motivadores
para a experimentação, para chegar ao ponto do abuso, exceto drogas pesadas,
costuma ocorrer um impulso interno para a repetição daquilo que o satisfez uma
vez. Talvez a sensação de que não conseguirá outra fonte de prazer faça a
pessoa repetir o comportamento.
Compensar algo que
não está bom
Talvez haja em suas vidas algo que não está bom, em alguns casos brigas em família, em outros a dificuldade em assumir responsabilidades que possam estar além do que ele está conseguindo lidar, vazio existencial, imaturidade, insegurança, etc.
Talvez haja em suas vidas algo que não está bom, em alguns casos brigas em família, em outros a dificuldade em assumir responsabilidades que possam estar além do que ele está conseguindo lidar, vazio existencial, imaturidade, insegurança, etc.
Algumas pessoas recorrem ao álcool para frequentar eventos
sociais por exemplo, elas não se consideram interessantes ou capazes de lidar
com outras pessoas se não amenizarem suas cobranças internas com o álcool, e
neste ponto o álcool entrou como o “prazer” que ele precisava. E pessoas que
usam o álcool para isso passam a “dica” para os amigos como se isso fosse uma
solução, quando na verdade é um aumento de problema.
A intenção deste
texto é de alertar as pessoas que estão se prejudicando com abusos mas
ainda estão na fase da negação dizendo que seu comportamento faz bem e não
precisa parar, olhar para as causas tampouco tentar mudar.
Marisa de Abreu Alves
Psicóloga
CRP 06/29493
Psicóloga
CRP 06/29493
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