Técnicas para reprogramar a mente inconsciente. Existe isso?




Técnicas para reprogramar a mente inconsciente – Existe isso?

Existem muitos nomes bem chamativos como por exemplo:
Reprogramação mental – reprogramação cerebral – mudança de padrões de pensamento – padrões mentais

Na verdade todo processo psicoterapêutico pode mudar os padrões de pensamento de uma pessoa. Pode ser intenso, transformador, profundo mas nem sempre haverá uma “receita” que pode ser passada para todas as pessoas para que cada um a aplique em casa e em poucos dias se tornar uma nova pessoa.

Não que todo processo de mudança precise de muito tempo ou até mesmo de psicólogo. Existe sim a possibilidade de que uma pessoa mude com seus próprios esforços ou com a ajuda de eventos externos que a mobiliza e coloca novos valores e conceitos em pauta. Por exemplo já conheci pessoa que praticamente se curou da depressão depois de passar por um grave problema de saúde, que a tinha colocado na UTI, e quando melhorou passou a ver a vida de uma forma muito mais positiva. Não sei exatamente o que transformou esta pessoa, é possível até mesmo que sua doença tenha interferido em seus hormônios do humor ou que ela tenha resignificado o sentido de sua vida.

Mas muitas vezes a proposta, ou a necessidade e solicitação do paciente é que haja mudanças em seu modo de pensar, ver e levar a vida.

Por exemplo, uma pessoa muito pessimista que não insiste em seus projetos pode querer mudar esta postura, uma pessoa muito tímida com medo da rejeição, uma pessoa sem esperança em encontrar o amor e ser feliz, outra ansiosa que sofre por antecipação todos os dias e por qualquer coisa, ou alguém que não consegue reagir quando lhe causam mal. São pessoa que podem desejar que suas “cabeças” mudem, que haja alterações em sua forma mais intima de ser e possam viver de forma mais produtiva.

Quando estas pessoas percebem que não conseguem estas mudanças sozinhas podem recorrer à psicoterapia para procurar ajuda no processo. Talvez a dificuldade em alcançar este objetivo esteja no conteúdo inconsciente que funciona na manutenção dos padrões, e neste caso o papel do psicólogo seja fundamental devido seu conhecimento técnico em acessar e trabalhar este conteúdo.

No processo psicoterapêutico existem muitas possibilidades quanto a técnicas que o psicólogo poderá usar para buscar mudanças nos padrões de pensamento. Como por exemplo a associação livre na psicanálise, o método socrático na cognitiva, o treino de habilidades sociais, flecha descendente, descatastrofização, ensaio cognitivo, registro e questionamento dos pensamentos disfuncionais, relaxamento, autocontrole, dessensibilização sistemática, criação de imagens, distração, contrato comportamental, extinção, modelação, etc.

Vamos repensar esta procura pela “teoria do tudo” psicológica. (Correspondente a teoria cientifica hipotética que unificaria, explicaria e conectaria em uma só estrutura teórica, todos os fenômenos físicos).




Prepotência e fragilidade do agressor no bullying Uma das 13 razões






Prepotência e fragilidade do agressor no bullying – Uma das 13 razões 




Continuando o comentário do seriado 13 razões para... e chegando ao capitulo 8.

Diversas situações mostram de forma clara a não identificação do papel no qual se encontra o agressor.
Em algumas passagens personagens demostram o, até verdadeiro, sentimento de estar ajudando a outra pessoa quando na verdade a está humilhando.

Isso nos deixa claro que nem sempre a agressão vem de um “valentão”, que precisa se sentir superior aos outros e só consegue isso rebaixando alguém que ele sente como o mais fraco.
Esse valentão típico já foi muito discutido em diversas mídias, por muitas pessoas, e já está bem claro a dificuldade emocional que podem se encontrar algumas pessoas que usam do recurso da agressão, disfarçada de diversão, como forma de se colocar como superior para os demais de seu grupo (ou bando caso percebamos similaridades animais). Ofendendo esta pessoa publicamente, aumentando suas fragilidades e as expondo publicamente dando a impressão de ser muito maior e característica apenas daquele pessoa a quem ele decidiu humilhar.  São pessoa que precisam compensar sua carência afetiva, seu próprio sentimento de humilhação e inferioridade atacando outras pessoas e transferindo a elas o que sentem em seu íntimo.

O quadro fica bem ruim quando esta pessoa se encontra em um grupo imaturo, tanto pela pouca idade como pelo pouco conhecimento da realidade, e este grupo sente necessidade de apoiar este agressor tanto como forma de “pegar carona” na “vitória e gloria” alheia como também uma forme de se livrar de futuras agressões por estar “do lado” do agressor.

Sutilezas são mostradas neste seriado, por exemplo nas situações onde o agressor tem até boas intenções. Ele acredita estar ajudando como por exemplo na passagem do rapaz que publica a poesia, muito intima, sem autorização, considerando que estaria fazendo um bem a ela e que a longo prazo ela o agradeceria. Talvez ele estivesse expressando a necessidade de apoio que ele precisaria mas que não lhe foi fornecido e de uma forma bem desajeitada o faz para outra pessoa.

Em outra passagem o “amigo” coloca as nádegas da garota em uma lista supostamente elogiosa. Uma vez que muitas garotas se mostram envaidecidas por entrarem na tal lista, o amigo acredita que ajudaria a auto estima desta garota colocando suas nadegas em evidencia.
Isso também nos mostra que muitas pessoas, mesmo sendo afrontosamente agredidas não percebem tal situação, e passam a torcer para que ocorra com elas o que acreditam ser aprovação social quando na verdade seria puro desmerecimento.







 

Inconsciente- Fazemos coisas sem saber porque?








Inconsciente-  Fazemos coisas sem saber porque?

“Não ter consciência do que faz” – frase que pode se referir à:
- Não ter compreensão da complexidade e consequências possíveis dos seus atos. Ex: crianças, pessoas com capacidade intelectual reduzida, ou pessoas comuns que desconhecem certas regras, não foram informadas destas regras, como por exemplo leis de transito de outro País.
- Estar dormindo, sonambulo, e realmente não fixar na memória nada do que fez naquele estado
- Fazer algo de forma automática e não prestar atenção no que fez, ex: trocar a marcha do carro
- Fazer alguma coisa pensando que o fez por um motivo quando na verdade a motivação foi outra. Ex: Brigou com a namorada pensando que estava bravo por ela ter se atrasado quando na verdade o simples atraso acionou memorias inconscientes de não ser atendido em suas necessidades durante a infância.

Inconsciente explica grande parte de comportamentos aparentemente sem sentido, como por exe explosões de raiva, paixonites, acesso de zelo por algo sem importância, medo de ser mal educado...

Memórias esquecidas podem influenciar decisões e ações atuais, ou não. Ou seja, memorias esquecidas podem ser tão sem importância que nunca mais vem a tona e nem influenciam nada na vida atual, como por exemplo a cor da blusa da pessoa que passou por você na calçada ontem.
Relembrar, nem sempre significa descrever exatamente o que ocorreu. Sabemos que a cada memoria evocada ela passa a ser reconstruída

Expressões do inconsciente 

Ex: Chamar uma pessoa pelo nome de outra, soltar palavras fora do contexto, fazer algo e depois considerar que não faz parte de seu repertório, etc. Podem passar informações sobre o verdadeiro conteúdo. Mas nem sempre é literal, por exemplo trocar o nome de uma pessoa pode não significar que estava pensando, nem apaixonado, por aquela pessoa, mas pode significar que algo naquele momento o remeteu aquela pessoa.
Por exemplo, uma pessoa que só se relaciona com pessoa bem mais jovens, até romanticamente. É possível que tenha havido algum trauma em idade precoce que o fez se fixar nesta faixa de idade.

Porque um conteúdo vai para o inconsciente? Muitas vezes por ser doloroso. A dificuldade em lidar com alguma informação nos faz coloca-la no inconsciente. É uma forma de tentar sobreviver ao trauma.

Como superar?

 Uma possibilidade seria: relembrando, revivendo e elaborando a vivencia traumática. Muitas vezes resignificando aquele momento.