Prepotência e fragilidade do agressor no bullying – Uma das 13 razões
Continuando o comentário do seriado 13 razões para... e
chegando ao capitulo 8.
Diversas situações mostram de forma clara a não
identificação do papel no qual se encontra o agressor.
Em algumas passagens personagens demostram o, até
verdadeiro, sentimento de estar ajudando a outra pessoa quando na verdade a
está humilhando.
Isso nos deixa claro que nem sempre a agressão vem de um
“valentão”, que precisa se sentir superior aos outros e só consegue isso
rebaixando alguém que ele sente como o mais fraco.
Esse valentão típico já foi muito discutido em diversas
mídias, por muitas pessoas, e já está bem claro a dificuldade emocional que
podem se encontrar algumas pessoas que usam do recurso da agressão, disfarçada
de diversão, como forma de se colocar como superior para os demais de seu grupo
(ou bando caso percebamos similaridades animais). Ofendendo esta pessoa
publicamente, aumentando suas fragilidades e as expondo publicamente dando a
impressão de ser muito maior e característica apenas daquele pessoa a quem ele
decidiu humilhar. São pessoa que
precisam compensar sua carência afetiva, seu próprio sentimento de humilhação e
inferioridade atacando outras pessoas e transferindo a elas o que sentem em seu
íntimo.
O quadro fica bem ruim quando esta pessoa se encontra em um
grupo imaturo, tanto pela pouca idade como pelo pouco conhecimento da
realidade, e este grupo sente necessidade de apoiar este agressor tanto como
forma de “pegar carona” na “vitória e gloria” alheia como também uma forme de
se livrar de futuras agressões por estar “do lado” do agressor.
Sutilezas são mostradas neste seriado, por exemplo nas
situações onde o agressor tem até boas intenções. Ele acredita estar ajudando
como por exemplo na passagem do rapaz que publica a poesia, muito intima, sem
autorização, considerando que estaria fazendo um bem a ela e que a longo prazo
ela o agradeceria. Talvez ele estivesse expressando a necessidade de apoio que
ele precisaria mas que não lhe foi fornecido e de uma forma bem desajeitada o
faz para outra pessoa.
Em outra passagem o “amigo” coloca as nádegas da garota em
uma lista supostamente elogiosa. Uma vez que muitas garotas se mostram
envaidecidas por entrarem na tal lista, o amigo acredita que ajudaria a auto
estima desta garota colocando suas nadegas em evidencia.
Isso também nos mostra que muitas pessoas, mesmo sendo
afrontosamente agredidas não percebem tal situação, e passam a torcer para que
ocorra com elas o que acreditam ser aprovação social quando na verdade seria
puro desmerecimento.
Marisa de Abreu Alves
Psicóloga
CRP 06/29493
Psicóloga
CRP 06/29493
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