Crenças internas destruidoras
Nada de
crenças religiosas, vamos falar de crenças a respeito de nós mesmos, do outro e
do mundo.
Algumas
crenças podem ser muito limitantes, como por exemplo:
- Ninguém
jamais vai me considerar interessante o suficiente para ter algum
relacionamento comigo.
- As pessoas
estão sempre querendo se aproveitar . Todo mundo é desonesto
- Não sou inteligente. Sou um fracasso.
Não sou atraente. Não sou confiável. Sou preguiçoso. Os outros me
rejeitam. Sou controlado pelos outros. Sou humilhado. Não sou interessante.
Três níveis diferentes de crenças:
-
Pensamentos automáticos: Hii, acho que ninguém gosta de mim aqui
-
Pressuposições: Se não olharam para mim na hora que entrei é porque não
gostam de mim.
-
Crença central: Eu sou insignificante.
São afirmações
absolutistas a respeito de nós mesmos, dos outros ou do mundo.
Na maioria das áreas da
nossa vida, desenvolvemos regras e crenças mais flexíveis ao nos tornarmos mais
velhos. Entretanto algumas de nossas regras continuam absolutas mesmo na vida
adulta.
Elas podem permanecer fixas se
são desenvolvidas a partir de circunstancias muitos traumáticas ou se
experiências de vida constantes nos
convencem de que essas crenças são verdadeiras.
Em nossa
experiência de vida, desde a infância, é possível desenvolver idéias negativas,
distorcidas da realidade, equivocadas pela percepção que temos sobre os eventos
da vida. Tais idéias se enraizam em nossa mente e são incorporadas como
verdades absolutas e geram sofrimento psicológico ao longo dos anos da idade
adulta. Essas idéias são chamadas, na Terapia Cognitiva, de crenças centrais.
As crenças centrais podem ser:
DESAMPARO,
DESAMOR e DESVALOR.
Na crença de
DESAMPARO a pessoa tem uma certeza (irracional/inconsciente) de que
não será atendida em suas necessidades
PENSAMENTO
AUTOMÁTICOS DA CRENÇA DE DESAMPARO
* Eu não
consigo me proteger; * Eu não tenho
atitude; * Não sou objetivo; * Sou uma vítima;
Na crença de
DESAMOR a pessoa tem a certeza (irracional/inconsciente) de que será
rejeitada.
PENSAMENTOS
AUTOMÁTICOS DA CRENÇA DE DESAMOR
* Sou
diferente, indesejável, feio, monótono, não tenho nada a oferecer; * Sempre
serei rejeitado, abandonado, sempre estarei sozinho;
Na crença de
DESVALOR a pessoa acredita ser inaceitável, sem valor algum.
PENSAMENTOS
AUTOMÁTICOS DA CRENÇA DE DESVALOR
* Sou
inaceitável; * Sou mau, louco, derrotado;
* Sou um nada mesmo, sou um lixo. * Não mereço viver.
As crenças
tendem a se fortificarem quando a pessoa foca sua atenção para os dados que
confirmam sua visão negativa
Essas
crenças podem ser:
1. Em
relação a si mesmo
2. Em
relação aos outros: Os outros são vistos como desprezíveis, frios,
prejudiciais, ameaçadores e manipuladores.
3. Em
relação ao mundo: o mundo é injusto, hostil, imprevisível, incontrolável,
perigoso.
A identificação de crenças centrais sobre outras pessoas e o mundo pode
ajudar nossa compreensão do porquê uma situação ser tão angustiante.
1.
Eu sou
....................................................................................................
2.
Os outros são
..........................................................................................
3.
O mundo é
..............................................................................................
A pessoa vai
criando ESTRATÉGIAS COMPENSATÓRIAS para lidar com o sofrimento
EXEMPLOS:
Crença: Sou
incapaz - Estratégia: É melhor eu depender dos
outros.
Crença: Sou
insignificante - Estratégia: É melhor eu me isolar.
Crença: sou
vulnerável - Estratégia: Agir com firmeza, dominar,
evitar qualquer possibilidade de ser prejudicado.
As crenças
agem como uma lente que afeta a PERCEPÇÃO. EXEMPLO:
Situação:
Uma jovem liga para o celular do seu namorado e o aparelho está desligado.
Pensamento
automático da crença de DESAMOR: Ele está com outra
Como se
libertar dessa ideia que te acompanha desde a infância, adolescência?
O primeiro
passo é a TOMADA DE CONSCIÊNCIA DA ATIVAÇÃO DAS CRENÇAS.
E, neste
sentido, a PSICOLOGIA COGNITIVA possui instrumentos técnicos para habilitar a
pessoa a DESATIVAR suas crenças e esquemas mentais, proporcionando assim, uma
vida mais saudável.
Algumas vezes perguntar-se repetidamente “O que isso diz a meu
respeito?” ajudará a revelar as crenças. Ou exercícios propostos pelo psicólogo
para ajuda na análise do quão pode ser verdadeira.
Marisa de Abreu Alves
Psicóloga
CRP 06/29493
Psicóloga
CRP 06/29493
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