Vaidade masculina

Pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica apontou um avanço de 15% em cerca de 15 anos de cirurgias plásticas para o público masculino.

1) Como a psicologia enxerga essa aceitação?
Psicóloga: Acredito que os homens sempre foram vaidosos, por exemplo usar tatuagens, escolher o aroma da loção de barba, mudar o corte de cabelo e escolher o carro mais bacana possível podem ser sinais de vaidade. Talvez esta vaidade tenha sido limitada por uma cultura machista que não permitia que os homens se ocupassem em cuidar de detalhes que eram considerados tipicamente femininos como, por exemplo, evitar ou remover rugas ou mudar a cor dos cabelos. Sendo assim, a aceitação pelo busca da beleza masculina pode ser muito sadia pelo ponto de vista da psicologia, estamos quebrando tabus. Também acho interessante que mudemos nossos instintos  onde as mulheres são consideradas interessantes quando são bonitas, mas os homens devem ser poderosos.

2) Isso pode ser considerado um avanço ou é uma espécie de 'esconderijo' para aceitação na sociedade?
Psicóloga: Poderá haver homens que procurarão a cirurgia plástica como busca, até desesperada, de aceitação. As pessoas acreditam, talvez erroneamente, que serão aceitas se forem bonitas. A beleza atrai, mas esta atração pode durar até a primeira frase dita por esta pessoa, depois disse o que vai encantar, ou desencantar, é a personalidade e o quanto de sintonia este homem entra com a pessoa com a qual interage.
Tudo na vida pode ser ao mesmo tempo positivo e negativo, depende sempre do porque e como a situação acontece. Por um lado estamos deixando os preconceitos de lado e dando o direito a todos de cuidar da aparência, mas se esta busca bela beleza estiver disfarçando uma busca angustiada pela felicidade os homens podem se decepcionar, pois  buscar cirurgia plástica para curar depressão pode formar um grupo de depressivos bonitos.

3) Você acredita que esse crescimento se deu em um tempo positivo? Tende a melhorar?
Psicóloga: Minha percepção pessoal é de que o ritmo de mudanças está bem lento. Há 30 anos atrás eu considerava que no século 21 seríamos muito mais abertos a novidades, mas esta abertura está muito lenta, mas felizmente estamos um compasso de “divagar e sempre”.

4) O público feminino aprova?
Psicóloga: Acredito que aprova, quem é que não gosta de conviver com o belo?. Só esperamos que os homens não caiam em ciladas como por exemplo exagerar na dose e em vez de ficarem mais bonitos ficarem deformados.

Entrevista cedida à jornalista Francine Santos










Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5

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