Você acordou de manhã e sentiu um caroço estranho sob a pele, fica preocupada.
Na empresa seu melhor projeto foi completamente ignorado pelo chefe.
Sua melhor amiga não atendeu suas ligações o dia todo.
O transito estava péssimo.
Sua encomenda chegou completamente errada.
Em todas estas situações você pode se sentir angustiado e precisando desabafar, falar com alguém. Qualquer um entenderia sua necessidade, todo mundo já passou por situações onde “colocou tudo para fora” e se sentiu muito bem. Sentiu alivio em expressar em voz alta e recebeu de volta o apoio tão esperado.
São dois pontos importantes no desabafo:
- Expressar – falar sobre o acontecido.
- Receber apoio de alguém que o entende e lhe conforta.
Mas, em minhas observações percebi que sse momento de ombro amigo tanto pode ajudar como piorar o estado emocional.
Ao desabafar, falar sobre tudo o que lhe aflige pode proporcionar um alivio imediato. Você não precisa esperar pela sensação de leveza, não precisa esperar para que “o remédio” faça efeito, é possível se sentir mais leve na hora.
Mas eu penso na possibilidade de a cada vez que repetimos uma ação podemos estar fixando esta ação em nosso cérebro, assim como uma pessoa que treina um instrumento musical e a cada repetição fixa aquele movimento em seu cerebro será que não fixamos sensações? Se você repetir a ação de andar de bicicleta você andará cada vez melhor, ao repetir a ação de resolver problemas de matemática você terá cada vez mais facilidade em matemática. Da mesma forma cada vez que você repete a ação de falar sobre um problema você pode reforçar algums elementos, como por exemplo:
- A percepção de que os problemas são terríveis.
- A impressão de que você é vulnerável, se tornaria cada vez mas frágil diante de problemas.
Outro fator importante seria a possibilidade do reforço da memória negativa, pois quando contamos um fato negativo para um amigo, podemos sem perceber tentar obter a simpatia desse amigo dando um colorido mais forte nestes fatos, contamos que a outra pessoa gritou, por exemplo, quando na realidade ela falou um pouco mais alto. Ao repetir essas situações, talvez não queiramos nos sentir mentirosos, acabamos por acreditar no próprio colorido. Será que não seria isso que ocorre quando uma mesma história é contada por duas pessoas em separado, algumas vezes quase que obtemos duas histórias totalmente diferentes.
O trabalho do psicólogo pode estar justamente na forma de lidar com os eventos e sentimentos expressados em terapia para que não sejam reforçados mas sim trabalhados no sentido da autocompreensão e tentativa de superação.
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
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*Ajuda emocional: O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo