13 razões: Traição, exclusão, rejeição, desamparo...




13 razões
Como houve vários pedidos para que eu falasse a respeito da série, resolvi assistir, e por enquanto só deu tempo de ver os 2 primeiros capítulos. Talvez no final haja revelações que modifiquem minhas impressões. Confesso que torço para que no final haja revelação de que não houve suicídio, mas a moça usou aquela forma para se vingar dos que a magoaram.
Creio que a primeira coisa que esta seria faz é levar cada expectador a questionar se as razões seriam justas. Como se houvesse uma só verdade que coubesse em todas as pessoas. Imagino como é fácil para cada um examinar a si mesmo e imaginar se se mataria por aqueles motivos e como lidaria com tais problemas.
A primeira impressão que tenho é que a protagonista sente muita necessidade em punir quem lhe fez mal. E conseguiu uma forma eficiente de castigar a cada um, tanto com a mídia ultrapassada e, portanto, difícil de encontrar como acessar, mas também com mais facilidade de privacidade. Mas não sei se a vontade de punir alguém a levaria ao suicídio, pois esta energia pode não ser compatível com a vontade de não mais viver e encerrar seu sofrimento.
Pela minha experiência em atendimento a pessoas depressivas vejo que o suicídio está mais voltado a vontade de encerrar o sofrimento do que encerrar a própria vida.
Não li, nem vi, nenhum outro comentário sobre a seria nem analises psicológicas. Não queria ser influenciada.

Nestes dois primeiros capítulos vi a dor em não ser atendida, quando:
- Mostra a mágoa pelo amigo que não ofereceu ajuda mesmo tendo percebido o péssimo comportamento do outro rapaz com quem ela saiu, denegrindo totalmente sua imagem.
- A traição pelo rapaz que mostrou sua foto indiscreta por demonstrar carinho enquanto está com ela para depois a apunhalar pelas costas quando preciso se sentir superior aos amigos mostrando a tal foto.
- A dor relacionada a incompreensão de todo o grupo, que mesmo sabendo que qualquer um poderia estar naquela situação ninguém se solidarizou com ela.

No segundo capitulo se percebe novamente traída quando seus amigos, com quem ela percebia sintonia, todos os três tinham passado rejeição, mas depois dois deles iniciam um romance a excluindo do único local que a fazia se sentir acolhida.
Também me chamou a atenção o desprezo pela ajuda oferecida pela diretora da escolha apresentando uma a outra demonstrando total compreensão da necessidade destas jovens mas ainda assim foi repudiada, afinal das contras estava lidando com jovens que também tinham suas características de necessidade de excluir e humilhar os outros, por mais razão que estes tinham.

Esta série também fala da dificuldades dos pais em conseguir o equilíbrio ótimo entre permitir a vida independente dos filhos e se envolver a fim de evitar que sofram.  






 

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