Como se livrar de um relacionamento destrutivo |
Por que tantas pessoas continuam comprometidas à parceiros que abusam dela emocionalmente?
Muitos maridos colocam a autoestima da mulher
lá embaixo, muitas vezes tratando-a mais como "mãe" ou
"empregada" do que como uma parceira, de fato. O que normalmente
impede a mulher de dar uma basta nesse tipo de relação?
Atendi em clinica por 20 anos e vi mulheres, e homens, com
motivos mais diversos. Recebi muitas mulheres que não se desvinculavam de seus
relacionamentos abusivos por não terem autonomia financeira, ou seja, passaram
uma vida considerando muito bacana ter um marido provedor mas quando este
marido se tornou abusivo ela percebeu que suas opções eram continuar presa à
ele ou passar um padrão infinitamente menor ao que estava
acostumada.
Outras pessoas mantem-se em relacionamentos abusivos por
acreditar que será apenas uma fase, o outro vai mudar, um dia, talvez, quem
sabe...
Outras se acostumam com a situação e de alguma maneira,
muito disfuncional, acreditam que aquilo é normal.
Outras sentem tanto medo da solidão que consideram menos
penoso sofrer os abusos do que ver-se, possivelmente, sozinha.
Há até quem veja muita fraqueza no parceiro abusivo e
considera que deve ficar para ajuda-lo.
E por final, há as pessoas que consideram que o abuso,
principalmente quando movido pelo ciúmes, seria “prova de amor”, ou seja , o
outro a ama tanto que não suporta o próprio ciúmes e acaba sendo violento.
Essa dificuldade em abrir mão de relacionamentos pode estar ligada a carência, baixa autoestima e/ou comodismo?
São possibilidades. A pessoa carente pode acreditar que
ganhou a sorte grande em encontrar alguém que queira ficar com ela, sente-se
grata, e releva os abusos.
Quem tem baixa auto estima, pode considerar os desejos dos
outros mais importantes que os seus, mesmo que o desejo do outro seja mantê-la
ao lado para receber suas agressões.
O comodista pode não focar de forma adequada o que se passa
dentro de sua própria casa, pois o esforço necessário para isso seria demais,
pois ela teria que se impor tentando colocar limites e caso o outro não
respeite este limite ela teria que tomar atitudes firmes.
Como fazer para se livrar desse tipo de relação? O que a mulher tem que avaliar para saber se vale a pena ou não continuar em uma relação destrutiva?
Toda vez que um médico prescreve um medicamento ele compara
os riscos dos efeitos colaterais com o ganho da medicação. Remediar estas
situações merece a mesma avaliação. Há vários caminhos para interromper um
relacionamento abusivo e nem sempre é necessário uma cirurgia de extirpação. Em
alguns caso pode ser possível que o treino de assertividade dê ótimos resultados.
Conversas, imposição de regras, apresentar as consequências, são caminhos
possíveis.
Como avaliar se as amizades que você mantém há anos fazem bem a você? Por algumas pessoas têm medo de se afastar de certos amigos? É medo de não conseguir fazer parte de novos círculos de amizade?
Algumas vezes o que impede é o medo de nunca mais amigos,
outras vezes a pessoa se mantém com amizades abusivas simplesmente porque não
pararam para avaliar os danos causados.
Para avaliar é preciso colocar em lista, de forma muito
clara, quais os pontos positivos e negativos desta amizade, assim como a
possibilidade de reverter a situação com conversas, treino de assertividade,
etc.
Caso perceba prejuízos além do aceitável, creio que possa
ser hora de eliminar as amizades destrutivas.
De que forma parentes mais próximos, como seu pais ou até mesmo seu filhos, podem interferir na sua felicidade pessoal?
Famílias podem funcionar com crenças, falsas, de que o outro
não se abala com suas palavras e atos invasivos/destrutivos. Filhos podem
considerar que seus pais sejam super heróis e que jamais se abalariam ou
ficariam chateados com suas descargas emocionais e/ou abusivas – afinal de
contas que já suportou tantas noites sem dormir, pagou todas suas contas por
anos a fio deve ser imune a qualquer dor. Mas isto não é verdade. Pais, ou
qualquer parente, pode e deve colocar
limites.
Como dar um basta da relação destrutiva entre familiares?
Como mencionado acima. Cada caso pode ter seu “remédio”
adequado. Há situações que uma boa conversa resolve, há situações onde regras
precisam ser colocadas, há situações onde a única opção possa ser o
desligamento definitivo desta relação.
Como romper um relacionamento que já acabou |
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
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