Síndrome do pânico

1. Quais são as causas mais frequentes para o aparecimento da Síndrome do pânico?

A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade. Podemos dizer que a ansiedade é o “terreno fértil” onde o pânico pode se instalar, mas como nem todo ansioso apresenta o conjunto de sintomas do pânico percebemos que é necessário outros fatores atuando em paralelo, como por exemplo o pensamento catastrófico “E se eu passar mal agora? Não terei ajuda e morrerei.”


2.Quais são os sintomas da síndrome do pânico?

Cada pessoa tem características diferentes mas é comum encontrarmos: Falta de ar, suor frio, ânsia de vômito, diarréia, dor no peito, taquicardia, dor muscular, enjôo, sensação de desmaio, etc.
As pessoas costumam apresentar uma parte deste grupo de sintomas, nem todos sentem todos os sintomas. O que caracteriza o pânico é o aparecimento repentino de sintomas orgânicos sem qualquer causa física nem correspondente orgânico, ou seja, quando a pessoa vai ao médico ele não encontra nenhuma doença que justifique todo esse mal estar. 


3.Como as pessoas lidam com a síndrome do pânico?

O sofrimento na hora do pânico pode ser muito intenso. Normalmente as pessoas acreditam que vão morrer, ou que estão muito doentes ou que passarão vexame em publico (no caso da ânsia de vômito).
A grande maioria passa a procurar estar sempre em locais “seguros”, ou seja, onde possa receber atendimento caso se sinta mal novamente. Muitas pessoas só andam pela cidade circundando os hospitais, outros não saem de casa pois acreditam que dentro de casa nada de ruim lhes acontecerá. E não acontece mesmo. A crença de não passar mal dentro de casa se realiza, pois é a própria cabeça dela que a faz passar mal, e onde a cabeça “comanda” se sentir bem... a pessoa se sentirá bem.


4.Como é feito o tratamento psicologico?


O psicólogo trabalha no sentido de mudar os padrões distorcidos de pensamento que fazem a pessoa acreditar que está doente ou que passará mal. Identificamos qual a origem ou o “gatilho” dos sintomas. Fazemos isso estudando o história de vida do paciente e trabalhando na mudança da percepção do primeiro evento, pois normalmente este foi o mais traumático.
Também ajudamos o paciente no enfrentamento das situações e locais que ele evita por medo de ter medo.
             


5.Qual a faixa etária dos pacientes? A maioria são mulheres, homens crianças, idosos ou não tem um publico especifico?

A maioria são mulheres dos 15 aos 50 anos, mas pode aparecer em todas as idades e grupos sociais.


6.Como diferenciar fobia e síndrome do pânico?


Fobia se refere ao medo específico, por exemplo o medo de sair de casa que surge na sindrome do pânico tem o nome de “Agorafobia”, que significa medo de lugares abertos (ágora = praça em grego).
Síndrome se refere ao conjunto de sintomas, origens deste sintomas e consequências.


7.O que é um ataque do pânico?


É um mal estar repentino, aparentemente sem causa, com sensação de desamparo, ou seja, de que vai precisar de ajuda e não terá. Aparece e some repentinamente.
O ataque de pânico é uma falha na interpretação do funcionamento normal de seu corpo. Por exemplo, o coração de todo mundo apresenta diferenças em seu batimento, não somos máquina. Mas quando a pessoa é ansiosa ele considera essa alteração um grave problema, se preocupa muito com isso e crê que tem algum problema no coração. Daí em diante inicia o processo de auto observação, ou seja a pessoa fica se monitorando o tempo todo para ver se seu coração está normal ou não. Começa a fazer associações sem lógica, se ela se sentiu melhor depois que tomou um copo de água passa a nunca mais sair de casa sem uma garrafinha de água, como se fosse caso de vida ou morte. Se ela passou mal no supermercado passa a evitar de entrar em qualquer outro supermercado. E assim passa a ter uma vida muito limitada.



8.Do que eles tem mais medo?


São dois os medos mais comuns que eu percebo: Passar mal e não ter atendimento, numa conseqüência mais catastrófica morrer ou medo de passar vexame.


9.A sindrome do pânico tem cura


Tem tratamento. O psicólogo Cognitivo Comportamental por exemplo trabalha com um protocolo específico para o pânico, mas toda abordagem em psicoterapia tem sua possibilidade de eficiência.

 


Entrevista cedida pela psicóloga Ao Jornal Rudge Ramos - Jornalista Mayara Guerrero



Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5

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