Argumento da ignorânica







A psicologia
tenta entender como nós interagimos com tudo o que nos rodeia, e percebemos que
os conceitos que formamos a respeito de nós mesmo e dos outros direcionam
nossos sentimentos e comportamentos. E neste sentido é que se faz importante
entender as falácias lógicas.

A falácia
lógica é significativa na forma como tentamos compreender o outro e a nós
mesmos.
Tentamos conhecer
o outro, o que pensa e o que sente. Mas nem sempre temos a informação completa e
tentamos tirar conclusões a partir da ausência de informações. Não saber de
algo, ignorar pode nos deixar desconfortáveis e inventar explicações.
Queremos
saber, isso é ótimo, o problema é que a ânsia por certezas nos faz criar informações
que não existem.

O exemplo
mais claro seria um OVNI – Objeto Voador Não Identificado.
Eu fiz este
experimento e convido você a fazer também, saia perguntando as pessoas o que seria
OVNI. Eu recebi muitas respostas dizendo que se trata de visitantes de outros
planetas, seres extra-terrestres, seres que tem intenção de abduzir, ou
sequestar, terráqueos para fazer experimentos, serem mais evoluídos, que
conseguiram construir um equipamento que viajasse por galáxias e chegaram até
nós.
Mas... se
este objeto não foi identificado não há como fazer qualquer afirmação, nem que
se trata de outro planeta, nem que se trata de seres vivos nem nada, porque...
não foi identificado!

Como surge no dia a dia? Quais os “ovnis”
emocionais: Aspectos psicológicos:
- Meu namorado não disse que me ama – isso significa que não
me ama.
Mas podemos considerar que ele pode estar com medo de
compromisso, com dificuldade em expressar o que sente, ainda não amadureceu a
ideia deste sentimento, etc.

- Meu amigo não retornou minha ligação – Isso significa que
está bronqueado comigo e não quer falar comigo.

Esta falácia mostra como ficamos desconfortáveis com a falta
de informação e tentamos preencher lacunas a todo custo.
O problema é que quando fazemos isso não preenchemos com o
material do outro, e sim com o nosso. São nossos conteúdos internos que emergem
quando tentamos descobrir o sentimento e comportamento do outro.

Eu te proponho outro exercício: observar todas as conclusões
que você está tirando tanto a seu respeito como a respeito do outro por puro
argumento da ignorância: Ex: “Sou uma péssima pessoa porque não fui convidado
para festa”

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