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Adoção de crianças por casais homo afetivos – Existe preconceito?
Avaliação psicológica na adoção de casais homo afetivos
Ouvi uma pessoa comentando: “Na doação de crianças para
casais homossexuais, tem que passar pelo psicólogo”.
Cartilha da AMB Associação dos Magistrados Brasileiros - Campanha da AMB em favor das crianças que vivem em abrigos.
Qual é a função das entrevistas da equipe técnica das varas
da Infância e da Juventude?
As entrevistas visam conhecer as reais motivações e
expectativas dos candidatos à adoção. A preocupação dos psicólogos e
assistentes sociais, é de buscar, por meio de uma cuidadosa análise, se o
pretendente à adoção pode vir a receber uma criança na condição de filho.
Identificar possíveis dificuldades ao sucesso da adoção e
fornecer orientações. Por exemplo, às vezes os candidatos à adoção não podem ou
não desejam fazer uma adoção nos moldes tradicionais, porém, gostariam de
ajudar crianças/adolescentes. Nestes casos, eles serão orientados a encontrar
outros caminhos, como a guarda, os sistemas de apadrinhamento e a realização de
ações solidárias.
Aos profissionais que trabalham com adoção cabe a
responsabilidade de entregar crianças que estão sob a guarda do Estado,
cuidando para que a adoção se processe dentro de padrões éticos.
O candidato reprovado pode se inscrever novamente?
Os candidatos reprovados estão subdivididos em dois grupos:
inaptos e inidôneos.
Os inaptos são aqueles considerados insuficientemente
preparados para a adoção. Estes poderão ser indicados para alguns serviços de
acompanhamento, apoio e reflexão para candidatos à adoção e poderão ser
reavaliados futuramente pela Vara.
Já os inidôneos são aqueles que cometeram faltas ou delitos
graves, Adoção passo a passo. Página 20, e que representariam riscos para a
criança que viessem a adotar. Estes são excluídos definitivamente do cadastro
de pretendentes à adoção.
Quais os motivos mais comuns para que a Vara encaminhe o pretendente para os grupos de reflexão?
Por exemplo, os profissionais da Vara podem perceber que a expectativa
do pretendente à adoção é que o filho possa manter um casamento que está em
crise.
Outras vezes, os pretendentes vivem um grande luto e
imaginam que, pela adoção, este processo poderá ser atenuado.
Às vezes, ainda não se esgotaram todas as possibilidades do
processo de gravidez, mas, pela ansiedade do processo, o casal pensa que,
adotando, consiga relaxar e, posteriormente, engravidar.
Embora não sejam necessariamente motivos impeditivos para se
adotar, a cada caso, o psicólogo e a assistente social avaliarão se é
necessária uma maior reflexão sobre essa motivação.
Avaliação pelo psicólogo:
Avaliação feita baseadas em entrevistas mas pode incluir testes. Não há numero de sessões pre determinado. São observados:
Estrutura familiar dos requerentes,
Comportamentos
Pensamentos
Crenças
Inseguranças
Medos
Preconceitos
Se as expectativas condizem com a realidade
Perfil da criança desejada
e os motivos do desejo deste perfil
O que pensam da paternidade, maternidade e educação
A motivação verdadeira (as vezes inconsciente) que leva o
requerente a pleitear a adoção, que deve ser baseada em cima de um desejo
legítimo de ter um filho, não por outro motivo, por exemplo companhia ou
caridade.
Filho não deve ser visto como companhia (ele é quem precisa
de companhia e cuidados)
nem caridade (que seria algo pontual e um filho é para vida
toda).
Filho é uma relação fortíssima, que irá se estabelecer e
fortalecer durante toda a vida, assim como na parentalidade
biológica, se houver desejo.
Marisa de Abreu Alves
Psicóloga
CRP 06/29493
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