Fui procurada por um jornalista para falar sobre "novas doenças típicas da modernidade" mas não concordo com estas "criações" de novas doenças. Alguns destes termos não são aceitos pelo código internacional de doenças (CID), são palavras que muitas vezes servem apenas para especificar um sintoma. Por exemplo a nomofobia (medo de sair de casa sem telefone), na realidade pode se tratar de um quadro ansioso que, conforme o caso, pode muito bem ser diagnosticado dentro de quadros já estudados como por exemplo o TOC transtorno obsessivo compulsivo, onde a pessoa se apega a um objeto ou idéia. Arrumar um nome diferente para cada objeto no qual uma pessoa pode se apegar não ajuda muito, pois qualquer objeto existente pode ser o foco do apego conforme a pessoa – da mesma forma que uns se apegam aos seus celulares outros se apegam aos seus isqueiros ou garrafa d´água, daremos um nome de uma doença diferente para cada objeto? É tudo a mesma coisa – que importa sobre qual o objeto surge a fixação? Considero mais importante estudar como tratar e ajudar esta pessoa a se livrar destas angustias.
Sei que não é a resposta que a repórter espera pois o que eu disse não é tão chamativo como o surgimento de uma nova doença, mas muitas das novas doenças mentais, psicológicas, psiquiátricas, emocionais, etc, não aparecem de uma hora para outra, podem ser apenas variações do que já está por aí.
Inventar novos nomes para o que já foi estudado pode confundir a pessoa que precisa de tratamento.
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
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