Sempre que sento para escrever um texto penso na pessoa que lerá. Meu objetivo é ajudar esta pessoa, mas um tema como este imagino o quanto seria provável que a própria pessoa (sem comprometimento) vá se interessar – pois esta é uma característica que nem sempre é admitida.
Então escrevo para aqueles corajosos que conseguem bater no peito e assumir sua falta de comprometimento.
A inspiração para o tema “falta de comprometimento” surgiu há algumas horas quando eu estava na rua, mais precisamente numa feira livre (sim, isso ainda existe e é uma delicia quando podemos frequenta-la). Havia duas moças fazendo compras quando a primeira, que estava com bebê de colo, virou para outra e perguntou “Cadê o Joãozinho?” – estava claro que se tratava de uma criança. A outra respondeu “Ele não está comigo”. Até aí nada de mais, certo? Não, não está certo, pois a expressão de rosto de cada uma era totalmente oposta. A que perguntou transparecia intensa preocupação, a que respondeu demonstrava expressão de “nem te ligo”. Precisou que a primeira dissesse “Eu fico com as compras e o bebê e você corre para lá e procura por ele”. Aí sim a outra saiu e foi atrás. Confesso que até eu passei a olhar para os lados procurando o Joãozinho – mesmo sem ter conhecimento de qualquer característica deste garoto.
Falta de comprometimento com a empresa e trabalho |
Essa cena me fez lembrar muitas outras cenas presenciada em empresas quando eu prestava serviço de recrutamento e seleção. Por muitas e muitas vezes vi e ouvi funcionários (ou colaboradores) dizendo “perdemos o cliente” sem muita expressão, e talvez sentimento, como se a perda de um cliente não tivesse absolutamente nada a ver com ele. Será que não tem? Será que clientes a menos não significa uma empresa fragilizada e empregos em risco? Será que não pode existir torcida para que a empresa onde a própria pessoa trabalha tenha sucesso?
Preocupação x Comprometimento
Agora pensemos em uma situação oposta, o excesso de comprometimento. Quando o comprometimento é tão intenso a ponto de prejudicar a própria pessoa chamamos de preocupação desproporcional. Muitos gostam de se considerar preocupados mas na realidade quando a preocupação é exagerada esta pessoa não consegue resolver problema algum, passa a dar “pulinhos no lugar” e não resolve nada.
Comprometimento é saber focar o que realmente importa e raciocinar na busca de soluções adequadas.
Falta de comprometimento pode ser considerado problema psicológico?
Depende do caso. Alguns demonstram algo que parece falta de comprometimento mas na realidade se trata de depressão – onde não sente nenhuma motivação, ou é ansioso demais para fazer as coisas de forma organizada, em outras vezes englobam outras premissas. Por exemplo, o rapaz que não se compromete com a namorada, diz que “um dia” eles vão casar. Muitas vezes ele não pensa mesmo no assunto e só fala da boca para fora. Porque faz isso? Talvez acredite que se disser o que realmente pensa perderá o que quer, ou seja perderá a namorada. Isso não é justo! Será que ela não tem o direito de decidir se quer manter esse namoro mesmo sem planos de casamento? Ela não teria o direito de interromper esse namoro se considerar melhor assim? mas conta com uma mentira contada por alguém que talvez sofra de falta de comprometimento.
Quando a falta de comprometimento pode ser tratada em psicoterapia?
Nestes casos a psicoterapia poderá trazer benefícios. O psicólogo poderá diagnosticar qual a origem deste comportamento. Pode ser que a depressão o deixe tão sem expectativas e esperanças que não permite que se comprometa com nada. Pode ser que uma síndrome do pânico impeça que esta pessoa compareça a determinados lugares fazendo parecer que ela não liga para as pessoas que a esperam. Pode ser que um quadro de TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo a impeça de fazer o que ela sabe que deveria, mas se sente impulsionada a fazer outras coisas irracionais. Etc.
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