Acredito que quando ouvimos uma frase desta nossa curiosidade possa ser aguçada para olharmos para quem se considera "feio, chato e burro" e avaliarmos nós mesmos o quanto esta pessoa seria como se vê.
Toda avaliação, mesmo autoavalição, pode ser subjetiva
Feio / bonito são conceitos que podem mudar conforme época, lugar e até mesmo de pessoa para pessoa. Cada qual tem seu gosto e cada gosto pode ser modificado conforme as experiências de cada um ao longo da vida. Por exemplo, uma pessoa pode considerar que um queixo quadrado seja uma característica muito interessante que torna uma pessoa mais bonita. Mas é possível que ao passar por uma situação desagradável com uma pessoa portadora de um típico queixo quadrado faça esta característica, até mesmo sem perceber, passar a ser considerada como algo negativo.
Ser chato também pode subjetivo, podemos pensar em pessoas que não seriam consideradas interessantes por absolutamente ninguém? Acredito que diferentes grupos se interessam por pessoas com características distintas.
Quanto a ser pouco inteligente. Nem é preciso dizer que há vários tipos de inteligências, uns se orgulham de sua habilidades em matemática, outros em artes, e até mesmo a tão falada inteligência emocional, para a qual não se necessita frequentar escolas especificas, etc. Sendo assim fica mais complicado definir quem ou quando estamos sendo pouco inteligentes.
Creio que o mais importante nisto tudo seria entender esta pessoa que se avalia de forma tão negativa. O que será que vem acontecendo com ela para que a autoestima esteja tão baixa? Creio que o momento seria muito mais de compreensão e busca de caminhos para que o auto aprimoramento possa ocorrer seja em âmbito íntimo ou interpessoal.
Mas, e quando a pessoa realmente fez uma autoavaliação precisa
É possível até mesmo que haja quem argumente que de fato possua um tipo de beleza que não é valorizada pela sociedade a qual pertence, que não tenha habilidades sociais que a torne desejável por seus pares, e que não consiga desempenho suficiente em provas escolares ou no ambiente de trabalho.
Neste caso acredito na possibilidade do desenvolvimento de trabalhos específicos para cada queixa, mas com muita parcimônia.
O que deve fazer uma pessoa que se sente feia? Correr para o cirurgião plástico ou aceitar-se seja lá qual for sua insatisfação? Acho que podemos contar com os tratamentos estéticos mas também considero bem interessante avaliarmos o que buscamos. Os profissionais podem ter critério e orientar seus pacientes quando perceberem que o que buscam numa cirurgia não está correspondendo com o que esta cirurgia pode oferecer.
Muitas vezes a infelicidade permanece mesmo depois de todas as tentativas de mudanças de nossa aparência. São estes os casos onde devemos prestar mais atenção em qual seria a busca.
Para as pessoas que percebem que de fato poderiam se beneficiar com a melhoria das interações sociais para que consigam relacionamentos mais harmoniosos há possibilidade de desenvolverem junto à seus psicólogos técnicas de habilidades sociais.
Para as pessoas que de fato apresentam dificuldades de aprendizagem há profissionais que trabalham este aspecto.
Enfim, podemos contar com profissionais para nos ajudar na autoavaliação e identificarmos se realmente temos deficiências concretas ou se estamos com a auto estima tão prejudicada a ponto de nos considerarmos piores do que somos ou se realmente temos aspectos que podem ser trabalhados.
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
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*Ajuda emocional: O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo
