Quando o Centro das Atenções é um problema

A necessidade exagerada em ser o centro das atenções pode ser sinal do Transtorno da Personalidade Histriônica
Neste quadro a característica principal é um padrão de excessiva emocionalidade e busca de atenção. Ou seja esta pessoa sente-se até desconfortável quando não estiver sendo o centro das atenções, passando a considerar aquele evento como sendo muito chato. A partir deste ponto há duas opções para esta pessoa, ir embora ou fazer qualquer coisa para chamar atenção, ela pode usar roupas extremamente provocantes, rir muito alto, dominar a conversa de forma a não deixar outras pessoas falarem, chamar pelas pessoas para que entre em seu grupo, contar estórias longuíssimas de forma a prender as pessoas ao seu redor, ter um comportamento excessivamente sedutor e com pessoas totalmente inadequadas, talvez o namorado da filha, o chefe, colega de trabalho comprometido, etc. 
 
Esta pessoa, com necessidade patológica em chamar atenção mostra mudanças muito rápidas e superficiais em suas emoções, passam de tristes a gritos de gargalhadas no mesmo momento.
Usa sua própria aparência para chamar atenção, pode ser por roupas inadequadas à estação, roupas que são quase fantasias, maquiagem em excesso, cabelos únicos, etc.
Ao conversar com as pessoas sua fala pode ser excessivamente impressionista, como se cada detalhe corriqueiro do dia a dia fosse a coisa mais extraordinária.
São teatrais ao andar, falar, se movimentar, sempre com exageros nas expressões.


Facilmente sugestionado pelas pessoas, se dizem que tal lugar é bom, ele vai considerar que este é o único lugar descente, se comeu uma macarronada na esquina, dirá que foi a melhor macarronada da vida. Seu discurso é cheio de superlativos, tudo é sensacional, esplêndido. 
Se conversar com uma pessoa pela primeira vez considerará esta pessoa sua mais nova amiga de infância, se dará o direito de ligar a qualquer hora para esta pessoa pois se considera mais intimo do que realmente é das pessoas.
Se considera sempre o “dono da festa”, e se percebe que não está conseguindo chamar atenção fará algo muito espalhafatoso como inventar estórias, dizer que foi roubado, tudo para chamar atenção. 


Costumam adular as pessoas, o que num primeiro momento encanta quem está perto, dá a impressão de ser alguém muito sociável trazendo presentes ou elogiando copiosamente, mas com o tempo percebe-se que estes elogios e presentes tem uma única função: também receber adulação. 

Estão sempre em busca de elogios e atenção, são capazes de sentir muita raiva de quem não lembrou de seu aniversário.
Tem muita dificuldade em receber criticas, qualquer comentário será percebido como raiva da pessoa que fez o comentário quando na realidade pode ter sido apenas uma dica de como a roupa ficaria melhor. 

Aborrecem-se intensamente quando vêem sua fotografia e acreditam que não estão bem, ou quando por ventura deixaram de usar um acessório ou não puderam comprar o sapato que melhor combinava. Estes fatos são sentidos com uma dramaticidade extrema e irritante para quem está por perto. 


Tem opiniões fortes a respeito de tudo, mas não sabem dar embasamento a estas opiniões, pensam assim porque pensam assim e pronto! Acreditam que tal pessoa é maravilhosa mas não sabem dizer o porquê, o que esta pessoa faz que a torna tão maravilhosa.
Costumam deixar as outras pessoas envergonhadas, principalmente filhos e parentes próximos por chorar copiosamente quando nada de tão grave aconteceu, abraça pessoas que pouco conhece, e outras exibições publicas de emoções descabidas.



Fonte: Terapia Cognitiva dos Transtornos da Personalidade Aarom Beck, Arthur Freeman, Denise D. Davis e colaboradores



 Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
*Ajuda emocional: O material deste site é informativo, não substitui a terapia  ou psicoterapia  oferecida por um psicólogo