O poder do pensamento

O poder do pensamento
Este não é um texto de auto ajuda sobre pensamento positivo, mas vou falar um pouco sobre a forma como o pensamento pode moldar nossos sentimentos. 

Tudo que pensamos, as ideias que temos, é formado por informações colhidas por nossa vivência no dia a dia com as outras pessoas, com a TV, rádio, revistas, etc. 

Uma coisa interessante é que nosso cérebro pode resistir a mudar de ideia, uma vez que você forma um conceito, a seu próprio respeito ou a respeito de outras pessoas. Você terá uma tendência a procurar informações que confirmem esta ideia, e refutará as informações que a neguem.
Por exemplo, uma pessoa que assimilou a conceito de qualidade de vida vinculado a evitar a ingestão de carne vermelha poderá ter uma tendência a ouvir com mais afinco as pessoas que falam, ou escrevem, sobre os malefícios da carne vermelha, mas tenderá a não fixar muita atenção quando o assunto for as maravilhas do churrasco. Claro que não estou defendendo nem me opondo ao consumo de carne vermelha, este foi apenas um exemplo que poderia ser sobre qualquer outro assunto.

Devido a esta necessidade em manter os pensamentos iniciais uma pessoa poderá  tender a fazer acontecer as coisas que acredita que acontecerão. Melhor explicando: Você dará uma mãozinha ao destino, sem perceber, ou seja inconscientemente, para que aconteça exatamente o que espera que aconteça, seja essa coisa positiva ou negativa. 
Foram feitos uma séria de experimentos que provam esta teoria. Num deles disseram a um grupo de professores que determinados alunos foram avaliados e perceberam que eles seriam excelentes, que estes alunos teriam uma capacidade acima média. Na realidade eram alunos normais escolhidos aleatoriamente na lista de chamada. Ao final do ano letivo percebeu-se que estes alunos tiveram realmente as melhores notas, coisa que nunca havia acontecido na história escolar deles. Porque você acha que isso aconteceu?
É claro que estes professores concretizaram sua crença, e sem perceber deram mais atenção a estes alunos, ensinaram mais á eles e ofereceram a eles a mesma esperança em si mesmo e assim eles também se esforçaram mais. Como já sabemos o resultado de mais esforço é... Mais resultado!

Pesquisas com medicamentos costumam envolver placebos, ou seja um componente aparentemente igual mas sem a química do medicamente, este componente é ministrado ao grupo de controle para que  se possa avaliar a efetividade do componente estudado. 
É comum que o grupo que recebeu o placebo tenha resultados mais próximos ao grupo que recebeu o medicamento do que ao grupo que não ingeriu medicamento algum. Isso me faz pensar, seria o placebo uma prova de que se pensarmos que estamos ingerindo algo teremos algum "poder" de alterarmos a resposta de nosso organismo mesmo que não estejamos ingerindo nada?
Pense agora em tudo o que você pensa a seu próprio respeito mas que talvez não seja verdade. O quando você pode estar se limitando simplesmente por não dar uma chance para você mesmo. 
Pense em situações onde foi dito algo negativo a respeito de uma pessoa, por exemplo que uma determinada moça solteira estava grávida e não sabia quem era o pai da criança. Ao ouvir isso as pessoas podem encontrar uma série de justificativas para confirmar a conduta duvidosa da moça: suas roupas eram justas demais, ia a festas demais, etc.
Depois de um certo tempo estas pessoas podem ser comunicadas que houve um engano, aquela moça não estava grávida (conhecemos está dinâmica pelo nome de “fofoca”).
Em casos assim não é comum as pessoas voltarem atrás nos pensamentos desfavoráveis em relação a esta moça, mas é possível que tentem  manter suas crenças, seus pensamentos e continuar justificando que se esta moça não está grávida mas com certeza ficará em breve.
Eu imagino se com todo um grupo de pessoas esperando, ou seja, pensando que esta moça tenha comportamentos irresponsáveis, eles não estariam facilitando para que ela, ao saber que pensam isso dela, confirme esse pensamento e passe a realmente fazer coisas irresponsáveis pois passou a também não acreditar em si mesma.

Conclusão: Podemos investigar nossos pensamentos e avaliar o quanto contribuimos para concretizar ações positivas ou negativas.



Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5


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