Estão me perseguindo?

Algumas vezes você pode estar sendo perseguido por seu chefe, colega de trabalho ou até mesmo por um parente. Para superar estas situações você pode tentar ser assertivo e diplomático. Talvez algumas vezes você tenha que deixar a empresa ou instituição. Talvez tenha que denunciar o perseguidor. Talvez a fuga seja a saída mais saudável em alguns casos. 

Mas muitas vezes a sensação de perseguição é irreal e são destes casos que este texto vai tratar.
Transtorno da Personalidade Paranóide – quando a perseguição sentida não corresponde ao que de fato está acontecendo. 

O paranóico tem um padrão de desconfiança e suspeitas invasivas em relação aos outros, de modo que seus motivos são interpretados como malévolos, que começa no início da idade adulta e se apresenta em uma variedade de contextos.
O portador de Transtorno de Personalidade Paranóide suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou enganado pelos outros
Preocupa-se com dúvidas infundadas acerca da lealdade ou confiabilidade de amigos ou colegas
Reluta em confiar nos outros por um medo infundado de que essas informações possam ser maldosamente usadas contra si
Interpreta significados ocultos, de caráter humilhante ou ameaçador, em observações ou acontecimentos benignos
Guarda rancores persistentes, ou seja, é implacável com insultos, injúrias ou deslizes
Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são visíveis pelos outros e reage rapidamente com raiva ou contra-ataque
Tem suspeitas recorrentes, sem justificativa, quanto à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual

Estes indivíduos costumam acreditar que foram profunda e irreversivelmente prejudicados por outra(s) pessoa(s), mesmo que para tal não existam evidências objetivas. Eles preocupam-se com dúvidas infundadas quanto à lealdade e confiabilidade de seus amigos ou colegas, cujas ações são minuciosamente examinadas em busca de evidências de intenções hostis.

Qualquer desvio percebido na confiabilidade ou lealdade serve para apoiar suas suposições básicas. Eles sentem-se tão perplexos quando um amigo ou colega lhes demonstra lealdade que não conseguem confiar ou acreditar. Quando enfrentam dificuldades, esperam ser atacados ou ignorados por amigos e colegas.

Os indivíduos com este transtorno relutam em ter confiança ou intimidade com outras pessoas, pelo medo de que as informações que compartilham sejam usadas contra eles. Eles podem recusar-se a responder a perguntas pessoais, afirmando que as informações "não são da conta de ninguém". 

Eles lêem significados ocultos, humilhantes e ameaçadores em comentários ou observações benignas. Por exemplo, um indivíduo com este transtorno pode interpretar um engano genuíno cometido por um balconista como uma tentativa deliberada de enganá-lo no troco, ou pode interpretar uma observação bem-humorada e casual feita por um colega de trabalho como um sério ataque a seu caráter. 

Elogios freqüentemente são mal interpretados (por ex., um cumprimento por uma nova aquisição é interpretado como uma crítica a seu egoísmo; um elogio por uma conquista é interpretado como uma tentativa de forçá-lo a um desempenho maior e melhor). Eles podem interpretar uma oferta de auxílio como uma crítica por não estarem fazendo o suficiente por conta própria.

Os indivíduos com este transtorno guardam rancores persistentes e relutam em perdoar os insultos, ofensas ou deslizes dos quais pensam ter sido vítimas.

Precisa de ajuda a se conhecer e identificar pensamentos infundados. Conte com o psicólogo

Fonte: Terapia Cognitiva dos Transtornos da Personalidade Aarom Beck, Arthur Freeman, Denise D. Davis e colaboradores 




 Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
*Ajuda emocional: O material deste site é informativo, não substitui a terapia  ou psicoterapia  oferecida por um psicólogo