Química entre as pessoas

Ao que se referem quando usam o termo “química” entre as pessoas?

Maria saiu com João mas, não “rolou química”, mas quando Maria viu Pedro aí sim a coisa “pegou fogo”. É possível que a príncipio Pedro não tenha nada de muito diferente do João, cargo parecido, nível social,  padrão de beleza, e era tão simpático quanto João. A única diferença foi a tal da “química que rolou” com Maria, mas o interessante é que quando Rosa, amiga de Maria,  conheceu João não viu nada de excepcional.

Porque toda essa química só com Maria?

Em minhas observações vejo que uma das possibilidades poderia ser que esta pessoa com quem surgiu a "química" costuma apresentar características que funcionam como gatilhos para a outra pessoa.

Vou explicar: Ao longo da vida de Maria aconteceram coisas ora interessantes, cheias de carga emocional, intensas, ora sem muita importância. As situações onde a carga emocional foi intensa, quando Maria viveu de forma marcante, como, por exemplo, o primeiro professor, o tio querido que sempre lhe trazia chocolates, a viagem inesquecível à praia, o vizinho que brigava com ela, o colega de escola abusador, são momentos carregados de significados e sempre associados à vários aspectos positivos e até mesmo negativos.

Cada característica associada às situações vividas intensamente formam os gatilhos que serão acionados mais tarde quando Maria encontra pessoas que despertam esses gatilhos. Por exemplo, João pode ter o mesmo cabelo de seu primeiro professor, ou pode usar o mesmo tipo de camisa que seu vizinho abusador usava. Inconscientemente esses aspectos são associados emocionalmente à pessoa que agora está à sua frente, o que oferece uma conexão forte, fornecendo uma boa ou má "química".

Perceba que nem sempre o gatilho será algo positivo, não importa, o que importa é a forte carga emocional associada.

Talvez Maria nunca tenha a percepção exata do que a estimulou. O que parece ser algo “sobrenatural”, “de outras vidas”, na realidade se refere a algo muito menos romântico do que talvez ela gostaria de pensar.


Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5


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