A culpa pode estar tanto relacionada a algo que cometemos e que tenha causado danos a alguém, ou este sentimento pode não ter embasamento em ações negativas reais, mas vinda de percepções imprecisas sobre nosso próprio respeito.
A forma de administrar a culpa nestas duas situações pode ser bem diferente, creio que a culpa advinda de atitudes prejudiciais pode ser tratada de forma a observar possibilidade de retratação tanto com a pessoa, ou com o que tenha sido prejudicado, como pode-se pensar em formas de compensação indireta. Um exemplo de compensação poderia ser a criação de uma organização para amparar vitimas do alcoolismo quando seu dano foi provocado pelo abuso de bebidas alcoólicas.
Acredito que o trabalho com a culpa que não esteja fundamentada em reais danos causados pode ser mais complexo, pois determinar a ausência de prejuízos em alguns casos pode ser muito subjetivo. Por exemplo, uma pessoa que sinta culpa por ter perdido o tempo da esposa envolvida num casamento onde ele nunca teve certeza do amor que sentia por ela. Acredito que a subjetividade desta situação envolve tanto a decisão desta mulher em entrar neste casamento até a discussão, um tanto filosófica, quanto a saber quem de fato tem certeza de seus sentimentos.
Um profissional pode trabalhar o sentimento desta pessoa sem perceber necessidade em identificar reais culpados, mas sim trabalhar o autoconhecimento e crescimento pessoal tendo como fundo esta sensação de culpa que pode estar causando profunda dor.
Um aspecto que considero até curioso seria a relação das pessoas próximas com o sentimento de culpa do outro. Veja que em algumas situações os amigos podem alimentar a culpa, talvez a pessoa que se sinta culpada, independente de realmente ser culpada de algo, pode convencer os outros fazendo com que outras pessoas passem também a recrimina-la.
Em outras situações crenças pessoais podem provocar sentimento de culpa indevidos, por exemplo uma vez ouvi uma pessoa dizendo que a pessoa que sofre de câncer é culpada pela doença pois deve ter causado algum mal a alguém estaria sendo punida. Não acho que a pessoa que disse isto queira que o portador da doença sofra mais ainda, mas vejo que muitas vezes a falta de informação pode causar mais dor do que seria justo.
Eu acredito na fatalidade, muita coisa acontece simplesmente porque tem que acontecer. Por exemplo o ganhador da loteria não teria nenhum mérito especial, ganhou porque apesar da probabilidade ser pequena, ela existe.
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
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