Pode ser considerado obsessivo compulsivo todo aquele que tem comportamentos ou pensamentos intensos que acabam por dominar e prejudicar um ou mais aspecto da vida. Os compulsivos são pessoas que vivem em função destas obsessões e dificilmente conseguem paz.
Alguns exemplos de comportamentos obsessivos compulsivos:
- Guardar objetos inúteis, como pilhas de jornais velhos, unhas que foram cortadas de suas mãos e pés, cabelos que foram cortados ou que caíram no ralo, flores velhas murchas e feias, etc.
- Contar o numero de passos ao atravessar a sala. Contar quantos postes há na rua, etc.
- Limpar excessivamente a ponto de desgastar o objeto. Limpar e lavar inutilmente como, por exemplo, lavar todas as embalagens que entram em seu armário após as compras no supermercado.
- Pensar intensamente na possibilidade de estar sendo traído, ou pensar que machucará alguém mesmo quando não sente raiva desta pessoa.
- Não conseguir ficar num ambiente se os quadros estiverem desalinhados, causando ansiedade e impulso de arrumar mesmo que isto causa grande desconforto ao dono da casa.
As obsessões invadem o pensamento destas pessoas a ponto de impedir que se pense com clareza sobre outros aspectos de sua vida como suas funções no trabalho e relações com amigos e família. As compulsões interferem na realização de tarefas simples do dia a dia a ponto de prejudicar o bom andamento do trabalho ou estudos. Em casos mais graves estes obsessivos compulsivos chegam a perder emprego ou até a reprovação na escola.
Há diferenças claras entre obsessão e compulsão:
- Obsessão se refere aos pensamentos que invadem de forma intrusa na mente e toma conta do domínio independente de sua própria cabeça. Alguns não chegam ao ponto da compulsão, sua angustia se fecha no parâmetro dos pensamentos.
- Compulsão se refere aos atos. São os comportamentos repetitivos ou atos sem sentido.
Como identificar um obsessivo compulsivo?
Muitas vezes o limite entre uma pessoa caprichosa, que tem carinho e trabalha de forma apurada na limpeza, por exemplo, e o obsessivo que limita sua própria vida ao limpar de forma exagerada é muito tênue. Muitas vezes o obsessivo é até elogiado pelos seus colegas, o consideram um perfeccionista no bom sentido, quando na realidade ele pode ser um perfeccionista no pior sentido, ou seja aquele que faz e refaz tantas vezes a ponto de paralisar.
Muitas vezes as pessoas começam com uma bonita e inocente coleção, de copos, embalagens de cerveja, de bonecas ou o que for e com o tempo se transformam em colecionadores compulsivos que chegam a ter sua própria casa entupida de objetos inúteis a ponto de impedir a passagem e o uso funcional desta casa.
Nem todo colecionar é um obsessivo, o indicador será sempre o grau de sofrimento e prejuízo que este comportamento causa para si ou para os outros.
Um bom parâmetro será o exagero: Limpar demais, manter a casa acumulada e suja demais, organizar demais, contar e controlar demais, desleixo exagerado, etc. Ou seja, se você perceber que está saindo dos limites, se sente ansioso a maior arte do tempo, e sua vida está sendo prejudicada ou limitada procure um psicólogo.
Todos estes comportamentos se referem ao quadro de TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo. Esta doença não cura sozinha e nem com "força de vontade". Esta pessoa está sob influência da ansiedade, e esta ansiedade deve ser tratada.
A psicoterapia, na busca para a cura do TOC, poderá ser abrangente. O psicólogo poderá trabalhar aspectos relacionados à origem dos sintomas de compulsão e obsessão, buscar tanto entender como superar as causas destes sintomas e poderá apresentar exercícios a serem praticados tanto em consultório como em casa durante a semana. Algumas vezes outras pessoas do convívio intimo do paciente poderão ser convidadas à conversar com o psicologo, de forma a integrar sua colaboração ao tratamento e cura do Transtorno Obsessivo Compulsivo. Este convite só será realizado mediante a aprovação do paciente.
O trabalho cognitivo acontece através da eliciação e a discussão dos pensamentos automáticos e intrusivos. O psicólogo ajudará o paciente a entender seu medo disfuncional e dos esquemas de responsabilidade, e junto com seu paciente modificará as interpretações irrealistas.
O pensamento mágico e fusão de pensamento e ação também poderão ser tratados.
Conclusão: O TOC pode não curar sozinho, pode ser importante o acompanhamento de um psicólogo.
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
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