Psicanalista é o profissional que se utiliza do método psicanalítico, ou psicanálise, para o estudo, compreensão e ajuda emocional.
Freud é considerado o pai da psicanálise, estudou a fundo o intrincado funcionamento da psique humana e trouxe o conceito de inconsciente para um patamar de compreensão nunca visto antes.
Como psicanalista Freud foi o primeiro a perceber a importância dos primeiros anos de vida da pessoa no desenvolvimento da personalidade e a influência destes momentos iniciais por todo o resto da vida. Freud também foi o primeiro a afirmar que as crianças também são seres sexuados.
A psicanálise, baseada no primeiro psicanalista da história- Freud, é a teoria que mais influenciou o estudo do desenvolvimento da personalidade e dos transtornos mentais. A psicanálise influenciou grande parte do pensamento psicoterapêutico durante todo o século XX.
Os principais pontos são:
O reconhecimento do inconsciente, da sexualidade infantil, das estruturas id, ego e superego, além de perceber a importância da infância e das situações vividas inicialmente pelas pessoas como forte fator de influencia no comportamento ao longo da vida.
A ênfase no desenvolvimento emocional da pessoa, a percepção de que os sentimentos são fundamentais para a construção de todo o comportamento das pessoas, ao contrário de outras teorias que enfatizam somente o desenvolvimento cognitivo. O psicanalista procura explicar porque os seres humanos não se comportam sempre de maneira lógica.
A psicanálise abriu caminho a muitas e frutíferas linhas de pesquisa posterior.
Fases do desenvolvimento psicosexual
Freud identifica quatro fases pelas quais toda criança passa. Cada fase tem como característica uma necessidade básica que surge conforme a criança se desenvolve, caso estas necessidades não sejam satisfeitas os sentimentos desta criança serão comprometidos ao longo de sua vida. Os mecanismos que se formam em cada fase nunca estarão completos e continuarão a agir ao longo de toda a vida da pessoa. Assim o psicanalista observa seu paciente e sua dinâmica atual conforme o decorrer da psicanálise .
Fase oral
Esta é a primeira fase do desenvolvimento infantil, inicia com o nascimento e segue até um ano de idade. O principal processo na fase oral é a criação da ligação entre mãe e filho.
Sentimentos são vivenciados pela boca, tanto os positivos como negativos. As funções da boca são estendidas além da alimentação, mastigar, sugar, para funções ladas ao prazer. Isso quer dizer que quando a criança se frustra suas pulsões orais não estão sendo satisfeitas e pode gerar uma tendência à ansiedade e pessimismo. Mas se houver excessiva satisfação poderá provocar uma fixação nesta fase e com isso a dificuldade em encontrar outras fontes de prazer tendendo a regressão.
Enquanto os dentes não nascem a criança se mantém em um período passivo receptivo, mas ao adquirir dentição entra no período sádico-ativo pois agora pode morder. Sendo assim o principal objeto destas fases é o seio materno que se torna ambivalente, característica que será mantida nos relacionamentos posteriores.
Modos de funcionamento desta fase que podem se transformar em características da personalidade quando adulto:
- O incorporar do alimento tem o significado de "incorporar" o saber, poder ou outras pessoas em seu convívio.
- O ato de segurar o seio se torna a persistência e perseverança desta pessoa quando adulta;
- Morder pode se tornar o inicio da agressividade destrutiva;
- Cuspir se torna em rejeição;
- O fechar a boca recusando alimento produz a rejeição, negatividade ou introversão.
Fase anal
A fase seguinte, segundo o psicanalista é chamada fase anal, que vai de um a três anos de idade. A satisfação das pulsões se dirige ao ânus e ao controle da função do intestino. A criança tem de aprender a controlar os esfíncteres como também aprender a lidar com a frustração pois não poderá mais satisfazer seus desejos e necessidades de forma imediata, aprende-se a esperar. Os mecanismos desenvolvidos nesta fase também influenciam a personalidade. A psicanálise considera que a raiva é demonstrada quando a criança não controla, deliberadamente, seus esfincteres, e esta postura passa a ser repetida na idade adulta de forma simbólica.
Quando a educação quanto a higiene é rigorosa demais pode produzir um adulto descuidado, bagunceiro ou o inverso um exagero e compulsão para a limpeza e organização. Se a mãe elogiar demasiadamente quando a criança esperar para ir até o banheiro, poderá surgir uma ligação entre dar (as fezes) e receber amor, e esta pessoa torna-se um generoso; se a mãe valoriza suas biológicas, a criança pode se tornar bastante criativa ou, se tornar depressiva, caso ela não sinta que corresponde às expectativas.
Fase fálica
Esta fase - dos três aos cinco anos de idade, se caracteriza segundo o psicanalista pela importância da presença (ou, nas meninas, da ausência) do falo ou pênis; prazer e desprazer estão centrados na região genital. As dificuldades dessa fase, identificadas pela psicanálise estão ligadas ao direcionamento da pulsão sexual ou libidinosa ao genitor do sexo oposto e aos problemas resultantes.
Período de latência
A seguir percebe-se uma fase tranqüila que vai até o inicio da adolescência. Nessa fase as fantasias e impulsos sexuais são reprimidos, e inicia-se o desenvolvimento cognitivo e a assimilação de valores e normas sociais.
Fase genital
A última fase do desenvolvimento psicossocial é a fase genital, que se dá durante a adolescência. Nessa fase as pulsões sexuais acompanham as mudanças corporais e despertam-se novamente, mas desta vez se dirigem a pessoas do sexo oposto. A escolha dos namorados e paqueras serão influenciados pela vivencia das fases iniciais.
Neuroses
Conflitos internos e necessidades que não são satisfeitas produzem um estado neurótico que o psicanalista estuda juntamente com seu paciente durante o processo da psicanálise.
O neurótico apresenta perturbações mas não um rompimento com a realidade.
Ansiedade – angustia e sentimentos negativos sem causa aparente. Sintomas: palpitações do coração, tremores, falta de ar, suor, náuseas. Preocupação desproporcional.
Fobias – Medo constante e desproporcional ao dano que possa ser realmente causado pela situação, pessoa, animal ou objeto causador de medo.
Obsessivo-Compulsivo - Obsessão se refere a um pensamento repetitivo e angustiante, fixo sobre algum ponto. A compulsão refere-se a impulsos que levam à ação.
Psicoses
Perde-se a noção de realidade, o estado de humor pode tanto ser depressivo como eufórico, o que pode confundir uma pessoa que não seja da área, um psicólogo, psicanalista ou psiquiatra, pois a euforia pode dar a falsa impressão de bem estar. O psicótico faz afirmações e tem percepções não apoiadas nem justificadas pelos dados e situações reais. Nas psicoses, além da alteração do comportamento, são comuns alucinações (ouvir vozes, ter visões e delírios). Pode ser possuído por intensas fantasias de grandeza ou perseguição. Pode sentir-se vítima de uma conspiração assim como se julgar milionário, um ser divino, etc.
Ref: Freud Obras completas
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
Informações e valores com psicoterapeuta Aqui
Escolha seu psicólogo Aqui
Agende sua consulta com psicólogo Aqui
*Ajuda emocional: O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo